sábado, 30 de julho de 2011

o que vou dizer?

Quando estou inquieta fico sem palaras, sem saber o que dizer....é uma confusão,inquietação, sei lá o que.
Nessa semana tive uma aparende boa surpresa, encontrei uma médica que atende pelo meu plano médico e faz as duas coisas:psiquiatria e psicoterapia. me animei aos ouvir relatos de pacientes que estavam à espera de atendimento que ela é uma excelente médica. espero que comigo dê certo, pois já fui a tantos médicos, tantos remédios...porém estou mais animada agora, só na 1ª conversar já foi bom, ela  me alertou a não lembrar, remoer o que já passou como: eu chorei tanto hj pela manhã...ou fulano me deixa tão nervosa, ou ontem eu estava querendo comer tudo que estava no armário e geladeira ou até o que nem tinha em casa... bom já passou? agora vc está chorando? NÃO! então bola pra frente, pense sempre que tudo vai ficar bem. Ela me disse algo que está na Bíblia! que logo ao acordar eu determine se meu dia será bom ou ruim com o pensamento que eu tiver. se eu pensar: ah! mais um dia!!! e pensar coisas ruins é claro que será um dia ruim, se eu fizer o contrário, poderei superar as adversidades que surgirem durante o dia, pois se ao acordar eu pensar: meu dia será de paz e alegria.Assim será.
a Bíblia fala assim: 'TUDO QEU FOR BOM,JUSTO,AMÁVEL, DE BOA FAMA...NISSO PENSAI..."Filipenses 4.8

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Uma mente inquieta página 8

A primeira vez que kay esteve com um psiquiatra, enquanto paciente, ela se sentia muito envergonhada, confusa, assustada e tremendo de medo. Porém, ela sabia que não tinha escolha: ainda não havia perdido completamente a razão, tinha medo de perder seu emprego, sua vida.
O exame psiquiátrico de Kay foi feito com uma série de perguntas, sendo estas, entre outras, utilizadas até os dias de hoje para identificar pacientes bipolares, isto é, maníacos-depressivos. Kay conhecia muito bem todas aquelas perguntas, ela já as tinha feito a centenas de pacientes, mas nunca a ela mesma. Tendo respondido “sim” a praticamente todas as perguntas e também a outras questões suplementares sobre a depressão, foi facilmente diagnosticada, sua sentença foi a doença maníaco-depressiva e sua pena a de ter que tomar lítio indefinidamente.
“Quantas horas de sono eu vinha tendo? Eu tinha algum problema para me concentrar? Eu andava mais falante que o de costume? Eu falava mais rápido do que normalmente? Alguém teria me dito para desacelerar ou que não estava conseguindo entender o que eu estava dizendo? Eu sentia uma pressão para falar constantemente? Eu andava mais cheia de energia do que de costume? As outras pessoas estavam dizendo que tinham dificuldade para me acompanhar? Eu andava mais envolvida em atividades do que de costume, ou iniciando mais projetos? Meus pensamentos estariam tão velozes que eu enfrentava dificuldade para acompanhá-los? Eu andava mais agitada irrequieta em termos físicos do que normalmente? Mais ativa em termos sexuais? Gastando mais dinheiro? Agindo de modo impulsivo? Eu andava mais irritadiça ou raivosa do que normalmente? Eu tinha a impressão de ter talentos ou poderes especiais? Eu havia tido alguma visão ou ouvido sons ou vozes que outras pessoas provavelmente não haviam visto ou ouvido? Eu havia tido alguma sensação estranha no meu corpo? Em alguma vez na vida eu tinha tido esses sintomas antes? Alguma outra pessoa da minha família tinha problemas semelhantes?”
(p.102)

domingo, 19 de junho de 2011

Uma mente inquieta página 7

“A festa nos jardins do reitor era um evento anual para dar as boas-vindas aos novos membros do corpo docente da UCLA. Por acaso, o homem que viria a ser meu psiquiatra também estava na festa, já que ele próprio acabava de se tornar professor adjunto da faculdade de medicina.
[...]
Minhas lembranças da recepção ao ar livre diziam que eu havia sido fabulosa, esfuziante, sedutora e segura. Meu psiquiatra, porém, ao conversar sobre isso comigo muito tempo depois, tinha lembranças muito diferentes. Ele disse que eu estava vestida de uma forma extraordinariamente provocante [...], usando muito
mais maquiagem do que de costume e lhe pareci frenética e excessivamente falante. [...]” (p.82 – 85)
Kay, ainda que, num período de comportamento de dedicação exagerada ao trabalho, desejava intensamente ser mãe, desejo este não compartilhado pelo seu marido, portanto, o casamento, que já não andava bem, teve um motivo aparentemente real e importante para ter um fim sem grandes desgastes.
Ao separar-se, Kay gastou todo o dinheiro que tinha e fez diversas dívidas com o objetivo de decorar seu novo apartamento. Envolver-se em surtos desenfreados de compras é um aspecto clássico da mania.
Logo depois, fazendo o uso do lítio Kay, percebeu que a mania não é um luxo que se possa sustentar com facilidade, o tratamento da doença maníaco-depressiva exige despesas com remédios, exames de sangue e psicoterapia entre outras. Sem contar as despesas que eram feitas, quase sempre, desnecessariamente durante as fases maníacas.
Kay, precisou da ajuda de seu irmão, Ph.D. em economia da Universidade de Harvard, para acertar sua vida financeira. Ele, com um temperamento mais racional, nunca fez nenhuma crítica aos gastos mais irracionais de Kay. Ao longo de muitos anos ela conseguiu restituir-lhe o que devia, apesar de nunca ter havido cobrança.
Antes que suas manias se tornassem públicas, Kay tirou uma curta licença do trabalho. Foi um período bastante difícil para ela. Os dias pareciam intermináveis, os medicamentos, tais como: lítio, clorpromazina, valium e barbitúricos apesar de apavorantes, tiveram importante participação na recuperação dela. Segundo relato da autora, levou muito tempo para que ela reconhecesse sua mente, e muito mais ainda para que ela voltasse a confiar nelas.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Uma mente inquieta página 6

Quando ingressou na pós-graduação, Kay sabia da sua necessidade de fazer algo em relação às suas alterações de humor. Ela rapidamente resumiu esta situação entre consultar um psiquiatra ou comprar um cavalo e então optou por comprar um cavalo, porém logo se desfez deste.
Kay encontrou na pós o prazer que lhe faltou na graduação. Além disto, o curso de pós-graduação representou para ela uma espécie de liberação relativa em relação à sua doença. Nesta fase ela casou-se com um talentoso pintor francês, quando ela não estava moribunda, transbordava desejos de ter uma vida ainda mais emocionante.
Em julho de 1974, aos vinte e oito anos de idade, Kay ingressou, como professora assistente, no corpo docente de psiquiatria da UCLA e passou a ser responsável por uma das enfermarias de adultos. A adaptação ao novo emprego foi repleta de otimismo e energia, fase marcada por muito trabalho e poucas horas de sono.
Sobre esta fase a autora diz que:
“Eu não acordei um dia e me descobri louca. A vida não é tão simples assim. Em vez disso, fui percebendo aos poucos que minha vida e minha mente estavam atingindo uma velocidade cada vez maior até que afinal, durante meu primeiro verão no corpo docente, as duas me escaparam o controle, girando loucamente.
No entanto, a aceleração do pensamento rápido até o caos foi um processo lento e de uma beleza sedutora. No início, tudo parecia perfeitamente normal.
[...]” (p.81)
Uma das características da doença maníaco-depressiva é a super elevação da autoestima durante a fase maníaca, assim a pessoa sente-se especial, capaz de conquistar tudo e principalmente quem desejar. Sentindo-se, também, mais sensual, há uma intensificação em tudo que diz respeito à sexualidade.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Uma mente inquieta página 5

(continuação)
Uma vida de exageros,incluindo o consumismo, e com uma visão de mundo grandemente desnorteada começou a surgir neste período. Tudo o que hoje é tido como absurdo na época parecia-lhe absolutamente normal , quando não, essencial.
Inúmeras vezes sua animosidade entrou em pane, nestas fases Kay perdia seu interesse pelas atividades acadêmicas, família, amigos e, até mesmo, pela vida. Ela chegou a pensar em abandonar a faculdade, mas a dor misturava-se a um imenso sentimento de frustração e este a impediu de desistir de suas atividades, apesar de toda melancolia.
Com o tempo, as fases de depressão passavam sozinhas, mas não davam a Kay um tempo para se reorganizar, ela logo em seguida vivia suas fases de intensa agitação. Ela não queria acreditar que estava doente, não queria nenhum tipo de ajuda.
Aos vinte e um anos, Kay começou a trabalhar com um professor num projeto de pesquisa sobre os efeitos psicológicos e fisiológicos de drogas modificadoras do humor como o LSD, a maconha, a cocaína, os narcóticos, os barbitúricos (antiepilépticos, sedativos, hipnóticos e anestésicos) e as anfetaminas. O professor, propenso a mudanças de humor rápidas e profundas, tinha tanto interesse quanto Kay em tudo que dizia respeito às alterações de humor. Tornaram-se amigos e tinham uma intuição implícita um a respeito do outro quanto suas próprias alterações de humor.
“[...] De vez em quando, falávamos sobre a possibilidade de tomar remédios antidepressivos, mas éramos profundamente céticos quanto à sua eficácia além de cautelosos quanto aos prováveis efeitos colaterais. Fosse como fosse, como tantas pessoas que sofrem de depressão, considerávamos que as nossas eram
mais complicadas e tinham mais fundamentação existencial do que na realidade tinham. Os antidepressivos podiam ser indicados para pacientes psiquiátricos, para aqueles de menos fibra, mas não para nós. Éramos reféns de nossa formação e de nosso orgulho. Apesar das minhas oscilações de humor – pois
minhas depressões continuavam a ser precedidas por “baratos” inebriantes e vertiginosos – eu sentia que com ele tinha um porto seguro no meu posto de auxiliar de pesquisas. Muitas vezes, tendo desligado a luz do meu escritório para dormir porque não conseguia encarar o mundo, eu acordava e descobria seu casaco nos meus ombros e um bilhete em cima da listagem do computador dizendo: “Você logo estará melhor.”” (p.65)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Uma mente inquieta página 4

Eu finalmente reduzi a velocidade. Na realidade, parei de uma vez. [...] E então o chão começou a sumir debaixo da minha vida e da minha cabeça. Meu raciocínio, longe de ser límpido como um cristal, ficou tortuoso. Eu lia o mesmo trecho repetidas vezes, só para perceber que não tinha nenhuma lembrança do
que acabava de ler. [...] Nada fazia sentido. Eu não conseguia nem começar a acompanhar a matéria apresentada nas aulas e me via olhando pela janela sem fazer a menor idéia do que estava acontecendo a minha volta. Foi assustador.
Eu estava acostumada a que minha mente fosse minha melhor amiga; [...]. Agora, de repente, ela se voltava contra mim: zombava dos meus entusiasmos insossos; ria dos meus planos tolos; já não considerava nada interessante, divertido ou digno de atenção. Ela estava incapaz de concentrar o raciocínio e se voltava continuamente para o tema da morte: eu ia morrer, que diferença fazia qualquer coisa? O curso da vida era breve e sem significado, por que viver? Eu me sentia totalmente exausta e mal conseguia me forçar a sair da cama de manhã.[...]
Não faço a menor idéia de como consegui passar por normal na escola, a não ser porque as pessoas geralmente estão envolvidas com suas próprias vidas e raramente notam o desespero nos outros se os que estão em desespero fazem um esforço para disfarçar a dor. [...] Havia sido criada de modo a acreditar que
as pessoas devem guardar seus problemas para si. Partindo-se daí, revelou-se profundamente fácil manter meus amigos e minha família a uma distância psicológica. “Efetivamente”, escreveu Hugo Wolf “às vezes pareço alegre e afável; converso também com os outros de modo bastante razoável; e a impressão é de que, só Deus sabe como, me sinto bem. No entanto, a alma permanece no seu sono mortal, e o coração sangra por mil feridas abertas.”
[...]
Em retrospectiva, fico assombrada de ter sobrevivido, de ter sobrevivido sozinha [...]. Amadureci rapidamente durante aqueles meses, como seria necessário com tanta perda da identidade, tanta proximidade da morte e tanta distância de algum refúgio.” (p.43 – 48) 

Aos dezoitos anos, Kay iniciou seus estudos de graduação na Universidade da Califórnia, Los Angeles – UCLA. Durante a faculdade a instabilidade de humor assumiu um aspecto sedutor e exagerado. Com idéias e energias em excesso vivia de modo exagerado suas fases de animação, onde ela era capaz de longos períodos de trabalhos árduos, mas que a faziam bem. Uma vida de exageros...


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Uma mente inquieta página 3

Kay, filha de um oficial de carreira da Força Aérea, cientista e piloto, seu irmão, sua irmã e sua mãe em conseqüência da profissão do pai, como em diversas famílias de militares, tiveram a necessidade de se mudarem inúmeras vezes, porém, especialmente sua mãe preocupava-se em manter a vida da família de modo mais estabilizado o quanto fosse possível.
Apesar de uma criação bastante rígida, teve de seus pais apoio em tudo aquilo que achava interessante: escrever poesias e peças escolares, assim como pela ciência e medicina. Nenhum deles limitava seus sonhos, apaixonadamente fortes e absolutos. Aos quinze anos ela foi a um “passeio” no hospital psiquiátrico federal no Distrito de Colúmbia, ansiosa para conhecer o que seria o universo dos loucos. A despeito da aparência nada agradável do hospital, ela ficou tanto fascinada quanto assustada com a estranheza dos pacientes.
Entre os dezesseis e dezessete anos, Kay, que já havia percebido as alterações de humores de seu pai, descobriu também as suas próprias alterações. A energia e o entusiasmo de Kay eram capazes de deixar exaustas as pessoas que a circundavam, ouvia de seus amigos coisas do tipo: “mais devagar”, “você está me
matando de cansaço”, “você está falando rápido demais”. Todavia, na escola ocupava posições de liderança, além de ser atuante nos esportes e em diversas atividades extracurriculares. Foi justamente nesta fase que ela sofreu sua primeira crise maníaco-depressiva.
“[...] Uma vez iniciado o cerco, perdi a razão rapidamente. No início, tudo parecia tão fácil. Eu corria de um lado para o outro como uma doninha enlouquecida, cheia de planos e entusiasmos borbulhantes, mergulhada nos esportes, passando a noite inteira acordada, noite após noite, saindo com amigos, lendo tudo que me caísse nas mãos, enchendo cadernos com poemas e fragmentos de peças, e fazendo planos extensos, totalmente fora da realidade, para o futuro. O mundo era só prazer e esperança; eu me sentia realmente ótima. Tinha a impressão de que conseguiria fazer qualquer coisa, de que nenhuma tarefa seria difícil demais. Minha cabeça parecia ter clareza, uma capacidade de concentração fabulosa, e ter condições de fazer saltos matemáticos intuitivos.
[...]
 

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Uma mente inquieta página 2

Um pouco mais das eperiências de Kay, que parece com muito de nós.

 "Mesmo depois de minha condição se tornar uma emergência médica, eu ainda oferecia resistência intermitente à medicação que tanto minha formação quanto o conhecimento de pesquisas clínicas me diziam ser a única forma racional de lidar com a doença que eu tinha.
Minhas manias, pelo menos nas suas apresentações iniciais e brandas, eram estados absolutamente inebriantes que proporcionavam intenso prazer pessoal uma fluidez incomparável de pensamentos e uma energia contínua que permitia a transposição de novas idéias para trabalhos acadêmicos e projetos. A
medicação não só interrompia esses períodos velozes, de vôos altos; ela também trazia consigo efeitos colaterais aparentemente intoleráveis. Demorei demais para perceber que anos e relacionamentos perdidos não podem ser recuperados, que o mal que se faz a si mesmo e aos outros nem sempre pode ser corrigido e que libertar-se do controle imposto pela medicação perde seu significado quando as únicas alternativas são a morte e a insanidade.
A guerra que travei comigo mesma não é rara. O principal problema clínico no tratamento da doença maníaco-depressiva não está na inexistência de medicação eficaz – ela existe – mas na tão freqüente recusa dos pacientes a tomá-la. E o que ainda é pior, em decorrência da falta de informação, de falhas na atenção médica, do estigma ou do medo de conseqüências em termos pessoais e profissionais, eles simplesmente não procuram o tratamento. A doença maníaco-depressiva deforma o estado de humor e os pensamentos,
estimula comportamentos aterradores, destrói a base do pensamento racional e, com enorme freqüência, solapa o desejo e a vontade de viver. É uma doença biológica nas suas origens, mas que dá a impressão de ser psicológica na vivência que se tem dela; uma doença sem par no fato de proporcionar vantagens e prazer e que, no entanto, traz como conseqüência um sofrimento quase insuportável e, não raramente o suicídio.
[...]
Tive minhas dúvidas quanto a escrever um livro que descreve de modo tão explícito minhas próprias crises de mania, depressão e psicose, além da minha dificuldade de admitir a necessidade de medicação contínua. [...] Estou cansada de me esconder, cansada de energias desperdiçadas e emaranhadas, cansada de agir como se eu tivesse algo a esconder. Cada um é o que é, e a desonestidade de se esconder atrás de um diploma, de um título ou de qualquer forma e reunião de palavras ainda é exatamente isso: desonesta. Necessária,
talvez, mas desonesta.” (p.4-9)


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Uma mente inquieta

Por sugestão da minha psicoterapeuta em ler o livro:Uma mente inquieta, desidir postar um resumo do livro para você que passeia no meu blog. Vou postar por página, assim fica melhor para ler pausadamente,coisa que Bipolar nao gosta muito, pois quer tudo imediato,(rsrsrs), é assim que estou me disciplinando,uma coisa de cada vez,é bem difícil e confesso que li o resumo numa sentada...(rsrsrs)
Espero que seja proveitoso e gostando compre livro, creio que irá ajudar a compreender e saber que nesse universo bipolar você não é o único.

Página 1-
“UMA MENTE INQUIETA”
Uma Mente Inquieta é um testemunho pessoal de Kay Redfield Jamison, autoridade internacional na doença Maníaco-Depressiva – hoje, mais conhecida comoTranstorno Afetivo Bipolar, Transtorno Bipolar do Humor ou, simplesmente,Transtorno Bipolar – que além de ser uma das poucas mulheres catedráticas de medicina em universidades norte-americanas é portadora da doença. Aos dezessete anos, Kay sofreu seu primeiro ataque maníaco-depressivo, o livro narra a guerra da autora contra a doença, seu medo de renunciar às animações inebriantes das fases maníacas e a sua crença firmemente enraizada de que deveria enfrentar a doença sem medicação.  
Elaborado por: Roberta de Araújo Binatti
“Um mês após ter assinado o contrato que me nomeava para professora assistente de psiquiatria na Universidade da Califórnia, Los Angeles, eu estava a meio caminho da loucura. Era 1974, e eu estava com vinte e oito anos. Em três meses, eu estava maníaca a ponto de não me reconhecer e apenas começava minha longa e custosa guerra particular com um medicamento que, depois de alguns anos, eu recomendaria com firmeza a outros. Minha doença bem como minhas batalhas com a droga que acabaria por salvar a minha vida e restaurar minha sanidade, vinha se formando há anos.
Desde minhas lembranças mais remotas, eu era propensa a inconstâncias de humor de uma forma assustadora, embora freqüentemente maravilhosa. Criança de emoções intensas, volúvel quando menina, a princípio gravemente deprimida na adolescência, e depois presa sem trégua aos ciclos da doença maníaco depressiva na época em que comecei minha vida profissional, tornei-me por necessidade e por inclinação intelectual uma estudiosa das alternâncias de humor. É o único meio que conheço para compreender, na verdade para aceitar, a doença que tenho. Também é o único meio que conheço para tentar exercer alguma influência nas vidas de outros que também sofrem de transtornos do humor. A doença que, em algumas ocasiões, quase me matou acaba matando dezenas de milhares de pessoas a cada ano. A maioria é jovem; a maioria morre sem necessidade; e muitos estão entre os membros mais talentosos e criativos que nós, enquanto sociedade temos.
[...]
 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sem medo

Medo. Medo é o confronto com o desconhecido. Não sei o que é,porém preciso enfrentar... fico assustado, temeroso,aí não resisto e cedo a covardia,que me incomoda,pois quero vencer,preciso vencer...
Bom o que passou, passou! agora é seguir em frente, buscando não ter medo do que vem por ai pois se tenho Deus comigo por que temer?
"...ainda que eu ande no vale da sombra e da morte não temerei mal alguma porque Tu (Jesus) está comigo..."Salmos 23

domingo, 22 de maio de 2011

Desapafo

Vou falar e pronto. Não importa se alguem irá ler ou não. Esse blog tem me ajudado a alíviar os pensamentos, assim penso estar falando com alguém...logo me sinto melhor. É tudo tão confuso as vezes... é a busca do encontrar comigo mesma, a pessoa que sei que sou, mas nem sempre consigo ser. Derepente estou feliz, falante, brincando e logo me fecho e já não sei quem sou. Os remédios!!!ainda não acertou os remédios... já vou mudar de novo... em 2 anos já usei pelo menos umas 8 medicações e nada...estou em pleno desmane do Depakote depois de quase ou mais de 6 meses de uso. Mas não vou desistir não! Sei que um dia tudo vai passar... Deus me dará o alívio que tanto preciso. 
O pior mesmo é a convivência com a família. Percebo quando estou em crise, e demonstro precisar de conversar as pessoas correm... como que não querendo ouvir pois também já não suportam mais.Fico triste com isso mas ao memso tempo compreendo que é um saco aguentar um bipolar...Haja paciencia! 
As vezes eu queria me isolar de todos...mas não posso...para onde eu iria?!!!!!! E também como ficaria sem fazer as coisas que tanto aprecio fazer??...é! vou continuar na esperança que Deus me ajudará a cada dia. Não posso esquecer: DEUS COMIGO ESTÁ. O QUE MAIS PRECISO?





quinta-feira, 19 de maio de 2011

MUDANÇA

Estou de volta depois de mais uma mudança. E como toda mudança mexe muito comigo, esses dias estou sem forças e com dores nas articulações...até infecção urinária tive, mas o pior mesmo é não ter com quem conversar...a terapeuta que me dava assistencia está afastada por motivo de saúde, aí logo penso: - somos humanos com limites que não há como ultrapassar. Porém há um aprendizado para mim quando não encontro ninguém para conversar, chorar... olhar nos olhos e dizer o que estou sentindo... eu encontrei alguém muito especial, o qual meus olhos físicos não o vêem, mas eu sei que Ele está bem presente, sempre que eu o chamo e converso com Ele sinto um alívio tão bom! Ele é Jesus Cristo meu bom e terno amigo fiel em todas as horas e momentos, só assim consigo prosseguir minha caminhada aqui...
"Tu me cercas por tras e por diante e põe sobre mim a Tua mão" Salmos 139

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A pior coisa é...

-DIZER PARA AS PESSOAS QUE SOU BIPOLAR
Achei esse artigo muito importante, pois tenho muita dificuldade de dizer que sou Bipolar devido a discriminação. Pensam que o Bipolar é louco, um pobre coitado ou simplesmente não acreditam. Numa consulta perguntei a minha psiquiatra o que dizer quando perguntarem o que tenho e ela me respondeu: diga que vc é muito estressada, mas isso não é tão bom assim, ser estressado demais faz parecer que a pessoa é nervosinha. Pra mim é dizer a verdade e pronto. Só que essa verdade custa caro...
Eis o artigo espero que seja proveitoso pra vc também.


"Talvez o preconceito seja o maior inimigo de qualquer condição de vida. E talvez ele seja a maior dor que uma condição em si.
Eis alguns tópicos que pode lhe ajudar a explicar sobre o transtorno para aquelas pessoas que nada sabem sobre nossa condição:  
1. Pessoas com transtorno bipolar têm variações de humor, da euforia à depressão, que necessariamente não tem nada haver com o que estão acontecendo em suas vidas. Conheço pessoas com milhares de problemas a resolver e mesmo assim estão eufóricas, e conheço pessoas sem problemas nenhum, mas que estão deprimidas.

2. O transtorno bipolar é chamado também de psicose maníaco-depressiva, e isso parece ser causado por alterações eletroquímicas no cérebro. Portanto bipolar está num barco a deriva em meio a tempestades das quais ele não tem certo controle.

3. A mídia, principalmente a televisão mostra para as pessoas que aquele que é portador de transtorno bipolar é um “criminoso’, mas não se preocupe – existem criminosos de todos os tipos: religiosos, ricos, doentes mentais, pessoas sem caráter... E por aí vai... Certamente eu não sou um deles.

4. Mania e maníaco não significa “louco” – esses termos em psiquiatria se referem pessoas cheias de energia, que falam rápido, que não necessitam de tanto sono e que vivem grandes emoções. É um erro pensar que o um bipolar seja parecido com o “maníaco” do parque que abusou sexualmente de suas vítimas e as matou. Mania = Euforia.

5. Eu sou um ciclador rápido. Posso estar super animado de dia, e depressivo à noite. A grande diferença é que não há motivos aparentes para essa mudança. Meu humor muda de tal maneira que de dia posso ficar super animado com uma promoção no trabalho, e a noite sem motivo qualquer querer pular de um viaduto.

6. Às vezes posso parecer estar cheio de energia, mas ao mesmo tempo, estou muito triste, com raiva ou pânico. É nesse momento que estou num estado misto, isto é, eu estou vivendo várias emoções profundas ao mesmo tempo. Como um trem desgovernado.

7. Há uma grande variedade de medicamentos para o meu tratamento. Se esse que estou usando não der certo, usarei outro. Ainda não existe um medicamento definitivo para todas as pessoas.

8. Quando estou maníaco não tenho problemas no trabalho. Pelo o contrário recebo vários elogios por ser um sujeito produtivo, criativo e inteligente. Mas isso não significa que sou assim. De uma hora pra outra posso pedir a conta na melhor fase de minha carreira. Simplesmente, sem que nada no ambiente tenha provocado essa situação.

9. Sofro de raiva em alguns momentos. Uma raiva sem motivos reais. Descarrego-a nas pessoas que tenho mais intimidade, por exemplo, meus familiares. Só posso lhe pedir desculpas. E entenda: Ser bipolar não é um álibi que eu utilizo para as besteiras que possa ter dito. Eu me envergonho delas.

10. Quando estou deprimido tenho pensamentos suicidas. Caso eu me apresente muito mal, por favor, me leve a um hospital. Eu perco a noção de realidade, e preciso de ajuda.

11. Bipolaridade é genético. Ao menos muitos estudiosos pensam deste modo. Eu particularmente creio que seja. Pois já estive em ambiente completamente favorável para o meu crescimento em todos os sentidos, e reagir de forma destrutiva, sem controle."

Extraído do BipolarBrasil

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Homenagem a minha querida Mãe









Minha Mãe

Ainda chorava
Quando você me abraçou
Meus olhos nem abertos estavam
E você me amou.
Meu coraçãozinho me dizia:
Aí está o seu Amor.

Carinhos, afagos...
Banhos, fraldinhas cheirosas...
Talquinho pelo meu corpo todo,
Era assim o seu carinho por mim.

Se a noite eu não dormia...
Você me acompanhava e
Com canções de ninar me embolava
E eu embarcava num sono gostoso
Ao som de sua voz.

Sentada ao chão comigo ficava
Feito criança brincava
Para que eu pudesse sorrir
E me sentir mais amada.

Foi assim... até que cresci
E você Mãe, sempre me faz sorrir
Conta-me segredos
E ainda cuida de mim.

Obrigada Mãe
Do seu amor sempre terei
Guardado em meu coração.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

"...deito e durmo..."

"Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me fazes habitar em segurança." Salmos 4.8

É...só Jesus pra me socorrer...ontem tive um dia péssimo...uma vontade enorme de morrer...desaparecer. Mas sei que para tudo tem seu dia e os meus dias estão contados por Deus.Foi tão difícil, mas venci, como sempre, quando as pessoas falham,e os médicos a gente nem encontra,Jesus está ali, bem pertinho para aliviar a dor e evitar o horror.Com todas as lágrimas eu pude cantar canções de louvor ao Criador, foi para isso que fui criada...para louvar a Deus, em qualquer situação. E eu cantei...cantei...e no fim do dia quando veio o alívio fui trabalhar,(dou aula a noite), senti uma tremenda dor nas costas...mas cumprir meu dever e fui pra casa com toda dor...Graças a Deus não precisei ir ao Hospital, e já estou bem melhor.

"Deus é meu refúgio e fortaleza,socorro bem presente na hora da angústia" Salmos46.1

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Terapia

Hoje eu queria falar com alguém que me entendesse...
Percebi a importância da terapia,pois faz 2 semanas que minha terapeuta não pôde atender, aí vejo a necessidade e importância da terapia, porém ela ( a médica) é gente como a gente, a diferença é que não é Bipolar... mas têm seus problemas.
Queria dizer o que nem sei...
Falar do vazio,das lágrimas sem dor...
É um sei lá o que, que nada pode preencher...
É esperar passar,pois tudo passa,tudo acaba porém A PALAVRA DE DEUS É ETERNA.
É em Deus que me refugio, só assim desejo prosseguir minha caminhada.
É só um desapafo de uma portadora do TB.
Sei que tudo isso vai passar...como chuva de verão, vem e vai.
Sempre que penso no amor de Jesus Cristo,sinto refrigério...
Vou postar um dos meus poemas, quem sabe possa alegrar alguém que está como eu.


Porto Seguro

O vento  é muito frio,
O mar está agitado pelo nevoeiro
As ondas enormes estão...
Ondas que vêm e vão.
O barco balança
Posso sentir a água do mar invadir o meu barco e me molhar,
As velas balançam... Parece até que vão romper! rasgar!
Em desespero penso:
- vou naufragar...
Em meio ao solitário e sombrio oceano o meu barco está.
Não consigo vê o céu,
A neblina é intensa...
Cinza... Embaça a minha visão...
O pavor fica intenso
Meus lábios tremem,
Não consigo falar.
O barco está quase a deriva, não consigo mais controlar.
Como irei ficar!?...
Aonde irei parar?
Vou naufragar...
De repente vejo algo se movimentando, vindo em minha direção...
Mas não está no barco não!
Parece um fantasma!
Está andando sobre as águas!
O que será... Ou quem será?
Com grande esforço reúno forças e pergunto:
- Quem é? O que quer?
Logo ouço uma voz mui familiar me dizer:
-Eu Sou Jesus, o teu Salvador.
De repente acordo ainda ouvindo a doce e segura voz...
Eu Sou Jesus.
Percebo então que não é um sonho
Nem imaginação,
Jesus é real
É meu Porto Seguro
Em qualquer momento
Em toda situação.
Não há tempestade tão intensa
Que Jesus não possa dominar e acalmar.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Para refletir

"Cada momento vivido é um milagre"
Já parou pra pensar quantas barreiras você já superou?
Será que você pode agradecer a Deus por estar vivo mesmo sendo um portador do TB?
Estar ciente de que não é super, nem max, é depositar a vida nas mãos de Deus.
Deixe Jesus cuidar de você... Ele jamais nos deixa só. Ele disse: "Eis que estou com vocês todos os dias até a consumação dos séculos" Mateus 28.20 (Bíblia Sagrada)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Transtorno BIPOLAR - TB

O assunto a seguir foi extraido de um panfleto que recebi da minha psiquiatra e quero compartinhar com vc. O mesmo foi revisado pelo dr. Márcio Antonini Bernik - Professor colaborador médico do Depto Psiquiatria do FMUSP.
"TB -o que é?
É um transtorno cerebral que ocasiona flutuações imprevisíveis do humor.
Os indivíduos portadores do TB evoluem a partir de um estado emocional elevado  ( conhecido como mania)  para um estado baixo ( conhecido como depressão). A doença evolui por ciclos entre esses altos e baixos.
Mais de um terço dos indivíduos portadores de TB apresentam sintomas durante todo tempo de suas vidas.
Esses sintomas podem interferir no trabalho e tornar as interações difícies. Na mania o indivíduo pode colocar em risco a si próprio ou a outros indivíduos atuando por impulso e não tendo conhecimento sobre a forma perigosa de suas ações.
DIGNOSTICANDO OS SINTOMAS
O diagnóstico envolve um exame psiquatrico minucioso,uma entrevista com o médico,observando-se que uma história detalhada dos sintomas é extremamente útil.
A entrevista com a família e amigos,com a permissão  do paciente, pode auxiliar na obtenção de uma melhor visão global. Às vezes, o período de mania pode ser evidente sendo dignosticada apenas a depressão.
A confirmação se um indivíduo apresenta apenas depressão ou os dois componentes,manias e depressão,geralmente exige uma avaliação periódica dos sintomas.
RECONHECENDO OS SINTOMAS
Os sintomas do TB pode classificados em três grupos:
1- Mania
2- Depressão;
3- Uma mescla de ambos.
Um indivíduo na fase Maníaca do TB pode:
- Apresentar humor continuamte elevado, expansivo ou irritável.
- Apresentar auto-estima exacerbada ou opinião positiva exagerada sobre si  mesmo.
- Sentir-se muito importante ou conceituado.
- Necessitar de pouco sono ou ausência do mesmo.
- Falar muito rapidamente.
-Ter idéias ou pensamentos rápidos.
- Estar muito agitado ou nervoso.
-Participar de atividades impulsivas, tais como: diversões,abusos de drogas ou sexo desprotegido,sem perceber os e entuais perigos.
Um indivíduo na fase depressiva doTB pode:
- Sentir-se desanimado.
- Apresentar modificações do peso.
- Demosntrar dificuldades de expressão da fala.
-Não possuir energia suficiente ou sentir-se muito cansado.
-Movimentar-se muito lentamente.
-Sentir-se agitado ou nervoso.
-Ter a sensação de inutilidade.
-Ter dificuldade de concentração ou de prestar atenção.
-Não se interessar em atividades de lazer,no trabalho,ou nas atividades da vida.
-Sentir-se estar no final da vida.
O indivíduo portador do TB pode apresentar também uma mescla dos dois tipos de sintomas.
DICAS E APOIO
Sempre mantenha as consultas com seu médico, mesmo quando você estiver se sentindo bem."
 
Extrair os pontos mais importantes do panfleto.
Vale ressaltar que : SE FOR DIAGNÓSTICADO QUE É BIPOLAR NÃO TER MEDO, NÃO SE SENTIR MAIS FORTE QUE A DOENÇA E RECONHECER QUE PRECISA DE AJUDA, SEJA DA MEDICINA SEJA DOS FAMILARES E AMIGOS.
Eu sempre digo: Deus permitiu a doença em mim para que eu conhecesse Seu poder, amor e misericórdia. Abaixo coloquei boa parte de um poema. O autor já morreu a muito tempo, mas deixou poemas lindos. Seu nome é Davi, não sei seu sobrenome,apenas que é Davi filho de Jessé.

Diz assim:


                                 "SENHOR, tu me sondaste, e me conheces.
Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; 
de longe entendes o meu pensamento.
Cercas o meu andar, e o meu deitar;
e conheces todos os meus caminhos.
Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, 
eis que logo, ó SENHOR, tudo conheces.
Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.
Tal ciência é para mim maravilhosíssima; 
tão alta que não a posso atingir.
Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua face?
Se subir ao céu, lá tu estás;
se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; 
então a noite será luz à roda de mim.
Nem ainda as trevas me encobrem de ti; 
mas a noite resplandece como o dia; 
as trevas e a luz são para Ti a mesma coisa;
Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.
Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, 
e entretecido nas profundezas da terra.
Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; 
e no teu livro todas estas coisas foram escritas; 
as quais em continuação foram formadas, 
quando nem ainda uma delas havia.
E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! 
Quão grandes são as somas deles!
Se as contasse, seriam em maior número do que a areia; 
quando acordo ainda estou contigo.
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; 
prova-me, e conhece os meus pensamentos.
E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno".


sábado, 23 de abril de 2011

Há esperança




Há esperança





Ainda criança não via esperança
Era só desconfiança
Via o mundo como uma nuvem cinzenta
Agonia  interior
Não entendia
Sofria
Chorava
Ninguém via
Dedo na boca
Pela manhã a cama estava molhada
É a Maria mijona...
Agarrada a perna de minha mãe
Que pedia para largá-la, pois ela tinha muito a cuidar...
E como tinha, pois precisava ajudar no orçamento do lar.
Alguém chegava a minha casa
Eu me escondia
E lá do meu esconderijo eu ouvia: bicho do mato!
Poucas falas, sorriso era raro
Não via, nem sentia o prazer de ser
Ser o que? Iguais aos outros?
Não posso ser... Não poderia ser.
Assim passaram-se os anos...
E eu no meu esconderijo secreto continuei a guardar o que nem eu conhecia
Mas produzia agonia que me levava a “manias”
Acende... Apaga... Ajoelha... Levanta.... Cospe... De novo, ler um texto inúmeras vezes porque não entendia... Sem concentração, culpa sentimento de culpa.

E lá se vão os anos...
Meu interior, minha alma
Que se consumia pela dor que eu não via
Mas existia
E ninguém nunca notou.

E lá se vão os anos...
Até que um dia uma bomba explode dentro de mim
O esconderijo estava cheio demais,
Muitas falhas, defeitos, perturbações que nem sei de onde vinham...
Bum !!!Socorro!... Ajuda-me...
Alguém me ajude!
Estou morrendo por dentro
Algo estranho... não sei explicar.
Mais existe alguém que pode me ajudar... Fui procurar e encontrei
JESUS, Emanuel, meu Salvador
Com seu imenso e  terno Amor
Usou pessoas para me socorrer.
Agora com Sua Presença constante é que eu continuo vivendo
Continuo servindo, passei a sorrir
Quero cada dia ao lado e com Jesus viver
Ele faz toda a diferença na minha vida.
Ele permitiu a doença em mim
Para que eu vivesse o Seu poder aqui
Amo-TE JESUS
Nas Tuas mãos estou segura
Sinto ternura
Sinto conforto
Consolação
Tenho sobre mim a Tua mão
Que me dirige
Orienta-me
Livra-me da tormenta
Sustenta-me
Tenho o Espírito Santo
Que me ajuda nas fraquezas
E me leva a Ti louvar.
Meu Amor... Senhor da minha vida
Jesus Cristo meu Salvador.


 (o TAB é uma doença, que se esconde no interior do ser humano, é tratável e controlado, o mesmo leva a depressão e ansiedade.
 (Eu ainda continuo em tratamento, pois em mim foi descoberto após 35 anos de sofrimento que sou portadora do TAB. Contudo eu confio no Senhor Jesus que pode me curar perfeitamente.).