quarta-feira, 15 de junho de 2011

Uma mente inquieta página 6

Quando ingressou na pós-graduação, Kay sabia da sua necessidade de fazer algo em relação às suas alterações de humor. Ela rapidamente resumiu esta situação entre consultar um psiquiatra ou comprar um cavalo e então optou por comprar um cavalo, porém logo se desfez deste.
Kay encontrou na pós o prazer que lhe faltou na graduação. Além disto, o curso de pós-graduação representou para ela uma espécie de liberação relativa em relação à sua doença. Nesta fase ela casou-se com um talentoso pintor francês, quando ela não estava moribunda, transbordava desejos de ter uma vida ainda mais emocionante.
Em julho de 1974, aos vinte e oito anos de idade, Kay ingressou, como professora assistente, no corpo docente de psiquiatria da UCLA e passou a ser responsável por uma das enfermarias de adultos. A adaptação ao novo emprego foi repleta de otimismo e energia, fase marcada por muito trabalho e poucas horas de sono.
Sobre esta fase a autora diz que:
“Eu não acordei um dia e me descobri louca. A vida não é tão simples assim. Em vez disso, fui percebendo aos poucos que minha vida e minha mente estavam atingindo uma velocidade cada vez maior até que afinal, durante meu primeiro verão no corpo docente, as duas me escaparam o controle, girando loucamente.
No entanto, a aceleração do pensamento rápido até o caos foi um processo lento e de uma beleza sedutora. No início, tudo parecia perfeitamente normal.
[...]” (p.81)
Uma das características da doença maníaco-depressiva é a super elevação da autoestima durante a fase maníaca, assim a pessoa sente-se especial, capaz de conquistar tudo e principalmente quem desejar. Sentindo-se, também, mais sensual, há uma intensificação em tudo que diz respeito à sexualidade.

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