A primeira vez que kay esteve com um psiquiatra, enquanto paciente, ela se sentia muito envergonhada, confusa, assustada e tremendo de medo. Porém, ela sabia que não tinha escolha: ainda não havia perdido completamente a razão, tinha medo de perder seu emprego, sua vida.
O exame psiquiátrico de Kay foi feito com uma série de perguntas, sendo estas, entre outras, utilizadas até os dias de hoje para identificar pacientes bipolares, isto é, maníacos-depressivos. Kay conhecia muito bem todas aquelas perguntas, ela já as tinha feito a centenas de pacientes, mas nunca a ela mesma. Tendo respondido “sim” a praticamente todas as perguntas e também a outras questões suplementares sobre a depressão, foi facilmente diagnosticada, sua sentença foi a doença maníaco-depressiva e sua pena a de ter que tomar lítio indefinidamente.
“Quantas horas de sono eu vinha tendo? Eu tinha algum problema para me concentrar? Eu andava mais falante que o de costume? Eu falava mais rápido do que normalmente? Alguém teria me dito para desacelerar ou que não estava conseguindo entender o que eu estava dizendo? Eu sentia uma pressão para falar constantemente? Eu andava mais cheia de energia do que de costume? As outras pessoas estavam dizendo que tinham dificuldade para me acompanhar? Eu andava mais envolvida em atividades do que de costume, ou iniciando mais projetos? Meus pensamentos estariam tão velozes que eu enfrentava dificuldade para acompanhá-los? Eu andava mais agitada irrequieta em termos físicos do que normalmente? Mais ativa em termos sexuais? Gastando mais dinheiro? Agindo de modo impulsivo? Eu andava mais irritadiça ou raivosa do que normalmente? Eu tinha a impressão de ter talentos ou poderes especiais? Eu havia tido alguma visão ou ouvido sons ou vozes que outras pessoas provavelmente não haviam visto ou ouvido? Eu havia tido alguma sensação estranha no meu corpo? Em alguma vez na vida eu tinha tido esses sintomas antes? Alguma outra pessoa da minha família tinha problemas semelhantes?”
(p.102)
O exame psiquiátrico de Kay foi feito com uma série de perguntas, sendo estas, entre outras, utilizadas até os dias de hoje para identificar pacientes bipolares, isto é, maníacos-depressivos. Kay conhecia muito bem todas aquelas perguntas, ela já as tinha feito a centenas de pacientes, mas nunca a ela mesma. Tendo respondido “sim” a praticamente todas as perguntas e também a outras questões suplementares sobre a depressão, foi facilmente diagnosticada, sua sentença foi a doença maníaco-depressiva e sua pena a de ter que tomar lítio indefinidamente.
“Quantas horas de sono eu vinha tendo? Eu tinha algum problema para me concentrar? Eu andava mais falante que o de costume? Eu falava mais rápido do que normalmente? Alguém teria me dito para desacelerar ou que não estava conseguindo entender o que eu estava dizendo? Eu sentia uma pressão para falar constantemente? Eu andava mais cheia de energia do que de costume? As outras pessoas estavam dizendo que tinham dificuldade para me acompanhar? Eu andava mais envolvida em atividades do que de costume, ou iniciando mais projetos? Meus pensamentos estariam tão velozes que eu enfrentava dificuldade para acompanhá-los? Eu andava mais agitada irrequieta em termos físicos do que normalmente? Mais ativa em termos sexuais? Gastando mais dinheiro? Agindo de modo impulsivo? Eu andava mais irritadiça ou raivosa do que normalmente? Eu tinha a impressão de ter talentos ou poderes especiais? Eu havia tido alguma visão ou ouvido sons ou vozes que outras pessoas provavelmente não haviam visto ou ouvido? Eu havia tido alguma sensação estranha no meu corpo? Em alguma vez na vida eu tinha tido esses sintomas antes? Alguma outra pessoa da minha família tinha problemas semelhantes?”






